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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Luís Miguel Nava

Teatro

Na selva dos meus órgãos, sobre a qual foi desde sempre a pele o firmamento, ao coração coube o papel de rei da criação. Ignoro de que peça é todo este meu corpo a encenação perversa, onde se vê o sangue rebentar contra os rochedos. Do inferno,aonde às vezes o sol vai buscar
as chamas, sobre ele impediosamente jorram os projectores.

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