Google
 

terça-feira, 18 de março de 2008

Eugénio de Andrade

Nem sempre o corpo se parece

Nem sempre o corpo se parece com
um bosque, nem sempre o sol
atravessa o vidro,
ou um melro cante na neve.
Há um modo de olhar vindo
do deserto,
mirrado sopro de folhas,
de lábios, digo.

in "O peso da sombra"

Sem comentários: