Minha tragédia
Tendo ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida.
Parece que a minha'alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade !
Foi minha vã, inútil mocidade
Trazes-me embriagada, entontecida !...
Duns beijos que me deste, noutra vida,
trago em meus lábios roxos, a saudade!...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!
Gosto da Noite imensa, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que sinto sempre a voltejar em mim !..,
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