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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sara F. Costa

 
o som

o som dos espelhos
alaga as ruas
que se arrastam pelo corpo
entre o suor ácido das formas.
chove
e vejo a língua do relógio
misturar-se com a lama.
a cidade arde
e a minha ressaca
é uma lareira
a pingar pelos dedos.


in Uma Devastação Inteligente

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