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sábado, 24 de maio de 2008

Manuel Alegre

Flores para Coimbra

 

Que mil flores desabrochem. Que mil flores

(outras nenhumas) onde amores fenecem

que mil flores floresçam onde só dores florescem.

Que mil flores desabrochem. Que mil espadas

(outras nenhumas não) onde mil flores com espadas são cortadas que mil espadas floresçam em cada mão.

Que mil espadas floresçam

onde só penas são.

Antes que amores feneçam

que mil flores desabrochem. E outras nenhumas não.

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