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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Francisco Joaquim Bingre

 

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Nasceu a 9 de Junho de 1763 em Canelas e faleceu na miséria com 93 anos a 26 de Março de 1856, em Lisboa.

Filho único de Manuel Fernandes e Ana Maria Bingre, natural de Viena de Áustria.

Casou-se com Ana Maria Pires de quem teve 6 filhos, em Canelas.

Entre 1801 e 1834, exerceu funções de escrivão e tabelião na Vila de Mira.

Foi influenciado pelo Romantismo e é autor de uma obra vastissima desde 1400 Sonetos, Odes, Epistolas, Edílios, Cançonetas, Epígrafes, Sátiras, Madrigais, Farsas, Canções, Elegias, Poemetos e Fábulas.

Em 1790 foi um dos fundadores da Academia das Belas Artes, mais tarde conhecida por Nova Arcádia.

O Demócrito Mirense

Satisfação

Para poder passar noites de Inverno Nos agrestes sertões da calva Mira, Assentei murmurar co’a minha lira Sobre as baldas do século moderno.

Rir com ela de tudo em metro alterno É meu intento só, que assim se tira Muito abuso senil, que o mundo gira Co’a loucura falaz em moto eterno.

Se alguém que ler meus versos, pelo fato, Vir que algum dos meus risos o sacode, Ria, disfarce, e não se faça pato.

Pois se, qual potro novo, à espora acode E o seu castigo não sofrer, cordato, Então c’os doidos suciar já pode.

Texto: C.M.Estarreja

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