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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fernanda de Castro

"A Sombra de um Salgueiro"

Fugi das chaminés.
do fumo, que era um denso nevoeiro.
e procurei, na beira dum regato.
a sombra de um salgueiro.


O silêncio, era música do céu;
o ar parado, absorto,
mas na água tranquila
vogava um peixe morto.

«Urgente» (1989)

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