O Caule
Cinzentas procuras interceptam
o paralelismo recusado.
Sem preferência de ritmo
as fotografias dividiram entre si
os intervalos do tempo. Duas.
No caminho vãos destinos se buscam.
Só a molécula resiste, a flor aberta,
o caule perfumado, a raiz vigorosa.
onde a raposa construiu o seu covil,
a folhagem criada para o abrigo do mocho,
a inteira floresta, espinheiros e buxo,
o labirinto,
o eco da canção antiga,
ingênua e tão distante.
E do eco, do bosque, do labirinto, da flor aberta
se nutre de novo o movimento.
Os símbolos perfilam outro símbolo.
Sem comentários:
Enviar um comentário