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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Alberto de Lacerda

Ilha de Moçambique

Desfeitos um por um os nós sombrios,

Anulada a distancia entre o desejo

E o sonho coincidente como um beijo,

Exalei mapas que exalaram rios.

 

Terra secreta, continentes frios,

Ardei à luz dum sol que é rumorejo

Para lá do que eu sou, do que eu invejo

Aos elementos, aos altos navios!

 

Trouxe de longe o palácio sepulto,

A cobra semimorta, a bandarilha,

E esqueci poços, prossegui oculto.

 

Desdém que envolve por completo a quilha,

Sou bem o rei saudoso do seu vulto,

Vulto que existe infante numa ilha.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa Noite, passei para uma visita, muito bom passar por aqui e ler diversos escritores portugueses essa interação é muito importante.

saudações!