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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Alberto de Serpa

 

A UM JOVEM CAMARADA

Meu Camarada moço,
- Lidos os teus poemas,
Apenas posso
Dizer-te que não temas
Dar-lhes o fogo, a morte, o esquecimento.
Se queres a Poesia, vai para ela
Puro, desnudo, de ímpeto violento,
Como para a mulher
Em que parou teu sonho, - se és o seu.
Vai, como ela te quer.
Mas se outra chama inflama o teu amor,
Se outro sonho tão belo te rendeu,
Tem coragem nobre de depor
Os versos que não são teu instrumento.
Toma outras armas mais condizentes.
Não, a Poesia não a violentes!
Deixa os versos ao vento…

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