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quarta-feira, 1 de abril de 2009

António Botto

Meus olhos que por alguém

Deram lágrimas sem fim

Já não choram por ninguém

- Basta que chorem por mim

Arrependidos e olhando

A vida como ela é,

Meus olhos vão conquistando

Mais fadiga e menos fé.

Mas se as coisas são assim,

Chorar alguém - que loucura!

- Basta que eu chore por mim.


Poema de António Botto gravado em disco por Teresa Silva Carvalho

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