Quinteto Final
1
Não cantes a efemeridade da vida,
antes de terminar.
Que experiência hás tu do efémero,
a não ser do que se repete?
Os olhos dilatados
não cabem entre dois instantes
onde passam os rios.
Ao menos, procede como o cisne,
quando a morte se aproxima e o canto
surge então como necessidade.
Tem o zangão consciência
de que amar uma rainha
o conduzirá à morte?
in OUVE-SE UM RUMOR
Sem comentários:
Enviar um comentário