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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Pedro António Correia Garção

 

Nasceu em: 1724

Morreu em: 1772

País: Portugal

Poeta português. Estudou no Colégio dos Jesuítas, em Lisboa, e frequentou o curso de Direito, que não concluiu. Filho de um funcionário dos negócios estrangeiros, o seu casamento, celebrado em 1750, contribuiu grandemente para a sua riqueza, para além de lhe garantir um cargo na Casa da Índia.

Foi um dos fundadores e presidente da Arcádia Lusitana (1756), tomando o nome de Coridon Erimanteu, e director da Gazeta de Lisboa (1760-1762). Uma questão judicial levou-o a perder os bens, retirando-se para uma propriedade sua, a Quinta da Fonte Santa, com a família. Em 1771, e por razões ainda não esclarecidas, foi preso por ordem do marquês de Pombal. Permaneceu na cadeia do Limoeiro até à sua morte, ocorrida no próprio dia em que, após tentativas da mulher, lhe fora concedida a libertação.

Correia Garção foi dos principais doutrinadores e cultores da estética neoclássica, sendo notória na sua obra a influência de Horácio. Cultivou grande parte dos géneros greco-latinos, destacando-se a sua célebre Cantata de Dido, recitada por Mafalda, uma das personagens de Assembleia ou Partida. Por outro lado, muitas das suas composições reflectem gostos e ambientes burgueses, familiares, retratando situações quotidianas e passatempos caseiros, de forma realista. Foi um crítico da ostentação aristocrática do seu tempo, a que opôs a imagem da grandeza dos descobridores e comerciantes de outras épocas. Procurou, ainda, promover o teatro nacional, escrevendo O Teatro Novo e Assembleia ou Partida, esta última, uma sátira aos costumes da época, contendo a Cantata de Dido e apresentando um diálogo exemplificador da melhor produção literária da Arcádia Lusitana. A sua obra foi publicada postumamente, em 1778, com o título Obras Poéticas.

(astormentas)

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