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domingo, 27 de abril de 2008

Reinaldo Ferreira

Acordes gastos
De velhos cantos
Doutras deidades,
Riem, nefastos
Das novidades.


Zombam?... Quem sabe
Qual o sentido,
Oculto ou expresso,
Que tem a Esfinge?
Ai quantas vezes
O riso rido
É dor que finge
Ter-se sorrido;
Ou azedume
De ser excedido.


Talvez apenas
Serenidade;
Olhos que fitem,
Desnecessários,
A eternidade.


Nós é que, toscos
De ter sentido
Sua atentatória
Supremacia,
Nos esquecemos
Que os Deuses mortos
Não têm memória
Nem simpatia.

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