HÁ QUE MORRER
Há que morrer no convés
Do seu previsto naufrágio,
Tremem-lhes as tábuas aos pés
Cheira a presságio.
Negros augúrios com asas
Cruzam agoiros nos mastros.
Os ventos sabem a brasas.
Recusam-se astros.
Já o Piloto que ruma
A proa dos emabaraços,
Pressentiu que além da bruma
Esperam sargaços.
A agulha mentiu o norte,
As o Piloto sabia.
Quem busba as rotas da Morte
Não se desvia!
Não se desvia!
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