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sábado, 26 de abril de 2008

Reinaldo Ferreira

HÁ QUE MORRER

Há que morrer no convés

Do seu previsto naufrágio,

Tremem-lhes as tábuas aos pés

Cheira a presságio.

Negros augúrios com asas

Cruzam agoiros nos mastros.

Os ventos sabem a brasas.

Recusam-se astros.

Já o Piloto que ruma

A proa dos emabaraços,

Pressentiu que além da bruma

Esperam sargaços.

A agulha mentiu o norte,

As o Piloto sabia.

Quem busba as rotas da Morte

Não se desvia!

Não se desvia!

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