Quando eu fazia trovas, nessa idade
Em que a vida é sonho de poesia,
Fiz-lhe versos de amar, em que a dizia
Um lírio branco, a flor da castidade.
Era junto ao Penedo da Saudade
Que eu muitas vezes, perpassando, a via:
Lá era o ninho. Assim a cotovia
O faz longe, bem longe da cidade.
Quanto eu a amava então! Em ânsia ardente
Eu só tinha um desejo: o da conquista
Daquela virgem pura, anjo inocente!
Certo dia, em que a vi, fui-lhe na pista,
E logo, aproximando-me tremente:
– «Onde vai?» – perguntei. – «Vou à revista».
Viagem por Terra ao País dos Sonhos
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