SEI QUE O SILÊNCIO MORDE
Sei que o silêncio morde
no agonismo da pele a pele
agride a garganta
nos nódulos dos pulmões
os pulmões desafiam o ar
nas margens do sangue,
no branco imenso das sílabas
há só um infinito espaço branco
no rizoma gélido de silêncios
que perfuram os dedos como anzóis,
a geometria da morte sob as pedras.
Sem comentários:
Enviar um comentário