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segunda-feira, 2 de junho de 2008

João Rasteiro

SEI QUE O SILÊNCIO MORDE


Sei que o silêncio morde
no agonismo da pele a pele
agride a garganta
nos nódulos dos pulmões
os pulmões desafiam o ar
nas margens do sangue,


no branco imenso das sílabas
há só um infinito espaço branco
no rizoma gélido de silêncios
que perfuram os dedos como anzóis,


a geometria da morte sob as pedras.

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