Google
 

segunda-feira, 2 de junho de 2008

João Rasteiro

Voo vertical


No telhado das estrelas
a rapidez do corpo sobre o centro
o vazio entre os espaços
onde a folhagem regressa eternamente
e forma pares imprevisíveis.


O vento arranha as estátuas
um tronco rugoso e aves sem sentido
pelas curvas que descrevem
mas ninguém afirma que não voam
entre o bafo quente de membros apagados.


[No centro do arco, 2003, pág. 53]

Sem comentários: