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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Alberto Osório de Castro

FULAN NAROMAN

A infinda noite opalescente

Sobe, arrebatadoramente,

A fugir de todo o olhar,

Céu tão claro, tão surpreendente,

Que sente a alma, longinquamente,

Como um voo do céu aflar.

A asa translúcida e nevada

Roça de leve a cumeada,

Adeja, e perde-se a alvejar

Na azulada noite doirada...

Presença alada enamorada

Da imensidade do luar.


(Lahane, Timor, Abril de 1908).

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