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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Alberto Osório de Castro

 

CRISANTEMAS

Tão longe do Fúsi-no-Yama,

No nosso outono, as exiladas

Crisantemas da terra em chama,

Florescem em tardes geladas.

Do seu canto natal de flama

Ainda mal desacostumadas,

Florescem em tardes geladas,

Tão longe do Fúsi-no-Yama!

E uma noite negra de lama,

As que viam noites doiradas,

Caem nas charcas, desfolhadas...

Longe de tudo o que se chama,

Tão longe do Fúsi-no-Yama!

                            (Exiladas, 1895)

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