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sábado, 4 de abril de 2009

António Cabral

Bebe comigo o sol

Detém-te a meu lado. O tempo
necessário dum olhar
sem ontem nem amanhã.
Só luz. Quem não percebe
as cascatas latentes
numa sombra, e não ouve
o crepitar duma urze,
que contas prestará
dos seus olhos? Bebe comigo
o sol na concha do silêncio.


in OS HOMENS CANTAM A NORDESTE

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