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terça-feira, 7 de abril de 2009

António Dinis da Cruz e Silva

- "Esse barco, que corta velozmente

do claro Tejo a veia cristalina,

ó doce mãe do Amor, bela Ericina,

todo o meu bem me leva cruelmente.

Mas já que é tão feliz, Deusa, exprimente

de tua estrela a proteção divina:

de alegres auras viração benina

ao doce porto o leve felizmente".

Isto dizia Elpino, acompanhando

com os tristes olhos um batel ligeiro,

que quase no horizonte se ocultava.

Turva se foi a noite então cerrando,

e o pastor, entre o denso nevoeiro,

os olhos pelas ondas alongava...

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