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terça-feira, 29 de abril de 2008

Pedro Laureano Mendonça da Silveira

OUTRA VEZ PORTO SANTO


A terra tem sede;
nuvens passam e vão-se.


A céu, azul de lado a lado,
e o sol, vermelho-lume no poente.


Virá a noite,
hão-de brilhar estrelas...
E a terra seca, sonhando:
- É a chuva que vem?


Um dragoeiro, ouvindo-a,
não diz nada.

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