Sacodes do corpo a poeira do exílio
Sacodes do corpo a poeira do exílio.
Os destroços de uma agonia,
duplamente perigosa, incharam-te os pés.
Vem. Dir-te-ei que mudou
neste lugar de ventos e de mastros.
Dir-te-ei como me senti intrusa,
sempre que um navio aportou neste cais.
São sombras familiares, as que precedem
o teu anonimato. Um cortejo de pássaros,
antecipa-te o regresso. E chegarás
cansado do rumor da morte,
que na boca dos deuses se ocultava.
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