Tem a Virtude o Prémio
Tardio às vezes, sempre merecido,
Tem a Virtude o prémio aparelhado
Ao profícuo talento, ao peito honrado,
Que do dever o stádio tem corrido.
O Sábio, que dos louros esquecido
Só no obrar bem os olhos tem cravado
Inópino também se acha c'roado
Por mãos sob'ranas c'o laurel devido
Útil à Pátria seja, as paixões dome,
Seja piedoso, honesto, afável, justo;
Que no futuro o espera ínclito nome.»
Assim falou Minerva ao Coro augusto,
Pondo no Templo do imortal Renome,
De glória ornado, o teu prezado Busto.
Filinto Elísio, in "Sonetos"
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